Afinal, mesmo comparado, e sobretudo comparado com o mago Scolari - que penou a bom penar, não nos esqueçamos, para levar Portugal ao último Europeu - Queirós não se saiu mal de todo, é o menos que pode dizer-se. E bastava ter ganho o jogo com a Dinamarca em casa - um jogo que mereceu ganhar, e de que maneira!, e que acabou por perder nos últimos minutos - para ter conseguido o 1º lugar da sua série. Resta o "play-off". Mas há que confiar no nosso "team", bem mais perigoso para a Ucrânia, Eslovénia, Bósnia e Irlanda do que os desses países para nós.
Quanto a jogadores de equipas portuguesas a jogar lá por fora: na vitória da Argentina sobre o Uruguai, não esteve nem Aimar - aliás nem jogou, apesar das parangonas referentes à sua suprema "magia" sempre presentes nos desportivos portugueses, sobretudo os da capital, nem Di Maria mas... Bolatti! Ironias do destino... De resto, quanto a Aimar, lá teve o oficioso benfiquista "A Bola" de vir desmentir a chegada de quaisquer propostas pela compra do seu passe à Luz. Isto é, mais uma vez a realidade dos factos a desmentir as euforias reinantes... Confirma-se: o pessoal, por esse mundo fora, não lê "A Bola"... Nem os seus congéneres, já agora.
Dias da Cunha rendeu-se por completo a José Eduardo Bettencourt, um projecto que tem, como se sabe, a assinatura de Filipe Soares Franco... O que só prova que o azedume do penúltimo presidente leonino se resumia a um azedume pessoal contra o seu sucessor mais nada. Incrível.
A terminar, cito Duda Guennes, que na sua habitual crónica n'"A Bola" cita por sua vez o grande poeta Carlos Drummond de Andrade que, a respeito de Pelé, escreveu: "É fácil fazer mil golos como Pelé. Difícil é fazer um golo como Pelé". Eu diria mesmo mais: fazer golos como muitos daqueles que Pele fez é impossível. Mas fazer mil golos também, porque nem antes dele nem depois dele ninguém conseguiu tal feito. Longe disso. Mais: Pele não fez apenas mil golos, mas mil, trezentos e tal.