Trabalham num centro de acolhimento de crianças vítimas de tráfico. Estão a tentar arranjar instalações definitivas, visto que o centro está instalado em local temporário. Se tudo correr bem, asseguram que o bilhete de regresso vai continuar por comprar. Pelo menos até o brilho nos olhos daquelas 24 crianças continuar a satisfazer as suas necessidades de realização pessoal, o que, adivinha-se, será por muitos e longos anos.
São histórias de coragem e altruísmo como esta que me fazem questionar o sentido de tantas vidas que se consomem entre empréstimos para pagar a casa e o carro novo. Bem sei que cada um faz as suas opções e que não me cabe a mim, nem a ninguém, julgá-las. Mas reconforta-me saber que há por aí pessoas como o John e a mulher, que viram as costas ao egoísmo e ao materialismo excessivo e se dedicam a ajudar quem mais precisa. Permitam-me, ao menos, julgar esta opção, ditando uma sentença em forma de louvor.