Um bife mal passado

O que aprendi com a experiência de Embaixador

Este é meu último post enquanto Embaixador do Reino Unido em Portugal, e este blog acaba com o fim deste ciclo. Queria agradecer a todos, leitores e comentadores, pela vossa paciência com a minha mente errante e pensamentos aleatórios, expressos num Português às vezes estranho. Peço a vossa tolerância, uma mais vez - gostava de partilhar convosco algumas das lições que aprendi sobre o trabalho de um Embaixador.

- É muito mais fácil ser-se embaixador num país de que realmente se gosta, e eu gosto - faz uma enorme diferença!



- Grande parte da relação formal entre os dois países demonstra-se com respeito e preocupação mútua. O meu trabalho é, entre outras coisas, mostrar esse respeito.



- Parte do trabalho de um embaixador é dar a cara, é uma parte de que gostei. Não nos ficarmos pelos corredores dos Ministérios é muito importante.



Muitas pessoas têm uma ideia preconcebida sobre o que faz um embaixador e da postura que deve ter. É tentador seguir essas ideias, mas é um erro. É importante sermos nós próprios, existem muitas maneiras diferentes de se ser embaixador, e muitos estilos diferentes.



- A parte mais importante de um relacionamento entre dois países não é a parte formal, é a parte humana. O Reino Unido e Portugal conhecem-se bem, são nações antigas, com séculos de existência. É isso que importa, especialmente quando existem diferenças de opinião entre os dois países, e por vezes existem. O contacto humano, de estudantes, empresários, turistas, até mesmo de marido e mulher (como no meu caso) é a base desta relação, e que assim continue por muitos e bons anos.



Obrigado a todos, por tudo, e até logo, espero. Um abraço amigo.

Alex Ellis