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Blitz

O toca a despertar de Jamie xx no Primavera Sound Porto começou no 80 e desceu aos 8 numa hora

Num set às avessas, Jamie xx entrou com a intensidade no máximo no palco maior do festival do Parque da Cidade para encerrá-lo com versões em esteroides quer das suas próprias canções quer de colheita musical alheia

Jamie XX no Primavera Sound Porto 2025
Rita Carmo

A timidez que sempre reconhecemos em Jamie xx nem sempre encaixa na persona musical que encontramos em palco. Se nos seus tempos ao leme das produções da banda que lhe deu o nome conseguia resguardar-se atrás de Romy e Oliver, quando sobe sozinho a um palco do tamanho do principal do Primavera Sound Porto não tem onde se esconder. E talvez ao fim destes dez anos de percurso a solo nem queira e encare os seus sets como uma forma expansiva de se mostrar a um público que nitidamente o adora. Com um segundo álbum ainda fresquinho – “In Waves” saiu em setembro do ano passado – resolveu trocar as voltas ao público que acorreu em massa para vê-lo encabeçar este terceiro dia de festival e apresentou um set que começou no volume máximo e foi percorrendo um caminho descendente até desembocar, ao fim de pouco mais de uma hora, numa sensível ‘Dafodil’.