As canções de Natal são uma espécie particular no grande reino da música pop. Nesse vasto domínio musical, há canções que chegam, explodem, batem recordes, parecem assinalar mudanças de sentido estético e, no entanto, seis meses depois, são destronadas por uma outra qualquer canção que também chega, bate recordes e volta a apontar um qualquer outro caminho. Uma característica comum desses êxitos fulgurantes é a sua capacidade de se resumirem à invisibilidade e de passarem à reserva com a mesma velocidade extrema com que primeiramente se anunciaram ao mundo. Um par de exemplos apenas: ainda alguém se lembra de ‘Lovin on Me’ (Jack Harlow) ou ‘Loose Control’ (Teddy Swims)? Ambas escalaram até ao topo antes de se estatelarem cá em baixo, nos penhascos da irrelevância.