Olivia Rodrigo estreia-se em Portugal com aura de superestrela. Com dois álbuns lançados, aterra no nosso país detentora da leveza de quem sabe que fecha a fase europeia da digressão mundial com a Meo Arena duas vezes esgotada. Por ali, entre a estação do Oriente e o Centro Vasco da Gama, à medida que nos íamos aproximando do recinto, o cenário que nos rodeava ficava cada vez mais equipado com o rigor de um sonho juvenil com vibes de anos 90, a recordar o baile de finalistas de algum filme americano tipo “Mean Girls”. Público esmagadoramente feminino, a vacilar entre o adolescente e o infanto-juvenil, acompanhado pelo brilho das purpurinas, um dress code com muitas lantejoulas e faixas de “miss” a escancarar a autoconfiança de cada uma. E este quadro sempre pintado a violeta, lilás e púrpura, em todos os tons e mais alguns que possam caber nesta gama, a esbaterem-se entre as cores das capas de “SOUR” e “GUTS”.
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Olivia Rodrigo ao vivo na Meo Arena: a angústia da adolescência nunca vai passar de moda
Neste baile, a vitória foi de uma ‘prom queen’ roqueira. Nas histórias que cantou, Olivia Rodrigo tanto trouxe revolta e afirmação como crises de autoconfiança e depressão. Bipolar e frenética, como a adolescência é, esta foi uma amostra de 90 minutos de como a angústia desta geração pode ser tão parecida com a de tantas outras antes dela. A crónica do primeiro de dois concertos da norte-americana em Lisboa: foi este sábado, na Meo Arena