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“Já não programam festivais para pessoas com 35 anos. Temos de nos habituar”: o Primavera Sound Porto dos desejos aos lamentos

Os festivaleiros voltaram a acorrer ao Primavera Sound Porto, que esta quinta-feira teve início no Parque da Cidade da Invicta, e todos têm uma opinião sobre o cartaz. “Este ano é muito ‘girlie’ e ainda bem” e “A música urbana alternativa está a desaparecer” são algumas. Quais são os nomes mais esperados? Quem não está mas deveria estar (e vice-versa)? Ouvimos os fãs mais exigentes

Primavera Sound Porto 2024
Rita Carmo

Assim que o cartaz da edição do Primavera Sound Barcelona é anunciado, perto do final do ano anterior, de imediato se sucedem as reações dos melómanos nas redes sociais. Olham não só para os grandes nomes ali presentes, que são invariavelmente os que mais gente arrastam, mas sobretudo para as letras pequeninas: aquelas bandas que fazem o Primavera Sound, as mais alternativas, mais refundidas, que não detêm legiões de fãs mas que foram, a dada altura, extremamente importantes na vida de alguém. 2024 em Barcelona tinha os Duster, expoentes do slowcore que o TikTok "ressuscitou", ou as Bikini Kill, a banda que deu forma ao movimento riot grrrl, nos anos 90. Olham como quem deseja: sendo festivais irmãos, o cartaz de Barcelona estará inevitavelmente presente no Porto, se bem que mais reduzido. O jogo passa por tentar acertar nos artistas que também pisarão a Invicta. Percorremos o festival da Invicta, que esta quinta-feira se iniciou, para tirar o pulso aos instintos melómanos.