Com o Festival Eurovisão em ‘estado de sítio’ devido à contestação pela presença de Israel no concurso e a exclusão dos Países Baixos, o concorrente francês na final deste sábado, em Malmö (Suécia) tentou acalmar os ânimos, usando parte do seu tempo no ensaio-geral para fazer um discurso.
Slimane, voz de ‘Mon Amour’, afirmou: “Quando era pequeno, sonhava sobre a música, ser cantor e cantar a paz. Precisamos de estar unidos pela música, sim, mas [façamo-lo] com paz e amor.”
O gabinete de crise da União Europeia de Radiodifusão, organizadora do Festival Eurovisão da Canção, está reunido este sábado em Malmö, na Suécia. Em causa estarão as reações à exclusão dos Países Baixos, que terá motivado descontentamento em algumas delegações europeias.
A notícia é avançada pelo ESC Portugal, o maior site português ligado ao Festival da Eurovisão, que cita fontes da RTP e da SVT, canal estatal de televisão da Suécia, país anfitrião do concurso.
Esta manhã, o concorrente dos Países Baixos no Festival da Eurovisão, Joost Klein, foi excluído da competição pela organização do concurso após “um incidente nos bastidores”.
Segundo a “Sky News”, o intérprete de ‘Europapa’ esteve envolvido numa troca de palavras com uma das mulheres que trabalham na produção do festival, ameaçando-a. Na sexta-feira, o músico foi impedido de participar nos ensaios gerais para a final, marcada para este sábado às 20h.
Em comunicado, a União Europeia de Radiodifusão (UER) anunciou que este incidente “não envolveu nenhum outro concorrente ou membro de qualquer outra delegação”. “Mantemos uma política de tolerância zero em relação a comportamentos inadequados. Queremos que este seja um ambiente de trabalho seguro para todos os membros da produção”. “O comportamento de Joost Klein foi contra as regras do concurso”, pode ainda ler-se.
A UER salienta que “ao contrário de algumas especulações, este incidente não envolveu nenhum outro artista ou membro da delegação”, ressalva que se prende com o facto de quinta-feira, dia da segunda semifinal da Eurovisão (que terminou com o apuramento de Klein), o concorrente neerlandês se ter envolvido num incidente com a concorrente israelita, Eden Golan. Golan foi questionada por um dos jornalistas presentes numa conferência de imprensa sobre se sentia se a sua presença na Eurovisão constituía um “risco de segurança” para os demais participantes. Membros da organização intercederam pela cantora, dizendo-lhe que não precisava de responder à pergunta, perante protesto veemente de Klein: “porquê?”. Enquanto Golan respondia, Klein limitou-se a cobrir-se com uma bandeira, cruzando os braços.
A final do certame conta, agora, com 25 canções e não 26. ‘Grito’, da portuguesa Iolanda, é a 17ª do alinhamento da noite (terá, contudo, o número 18 no alinhamento).