Exclusivo

Blitz

A primeira noite do Sónar Lisboa: Sevdaliza, uma mulher-liberdade em ebulição com Björk a ver

No seu regresso a Portugal, para um dos concertos mais aguardados do Sónar Lisboa, Sevdaliza foi ela própria: uma mulher livre de quaisquer imposições, um corpo movendo-se ao som da batida, uma voz que junta as suas raízes à modernidade imigrada. O cântico das mulheres no Irão foi ouvido no Pavilhão Carlos Lopes alto e bom som no dia de estreia da terceira edição do festival. No meio de um público 70% estrangeiro, uma ilustre pouco anónima: Björk veio a Lisboa para dançar

Sevdaliza no Sónar Lisboa
Rita Carmo

Bernardo, natural de Aveiro, mas vindo do Porto. É o seu terceiro ano consecutivo no Sónar Lisboa, naquela que é também a terceira edição do festival. Está cá, sobretudo, por Oneohtrix Point Never, Sevdaliza e Conferência Inferno, “uma banda portuguesa muito boa”. O que o atrai no tipo de música de que são geralmente feitos festivais como o Sónar - eletrónica de BPMs elevados - é o facto de “não [ter de] pensar”. Estilos como o techno, o house ou o trance não se pensam; age-se por instinto, deixa-se que o corpo ceda ao movimento. Não é para pensar, é para ceder à hipnose. Existe-se naquele momento se se dançar. Caso contrário não se está a fazer ali grande coisa. Bernardo é no entanto uma minoria; em conferência de imprensa / apresentação do evento realizada uma hora antes da abertura de portas, a organização do Sónar Lisboa adiantou que 70% dos passes gerais vendidos foram para fãs estrangeiros.