Kristen Stewart é a grande protagonista da edição de março da revista “Rolling Stone”, surgindo “sem censura” na capa, nas fotografias e no próprio artigo, no qual fala, a propósito do vindouro filme “Love Lies Bleeding”, com estreia marcada para o início do próximo mês, sobre a sua sexualidade, expressão de género e a vontade de ter filhos.
A atriz, hoje com 33 anos, deu-se a conhecer ao público no filme “Sala de Pânico”, de 2002, alcançando grande fama, alguns anos depois, como protagonista da saga “Crepúsculo”, tendo depois decidido apostar em filmes mais alternativos. Sobre o novo “Love Lies Bleeding”, um thriller romântico, Stewart diz que se divertiu com “a oportunidade de ter uma irmã mais nova e gay como protagonista principal”.
“Essa pessoa nunca é a personagem principal num filme. Nunca é essa pessoa que tu queres levar para a cama”, acrescenta a atriz, assumindo também, no artigo, que foi um projeto muito pessoal para si, até porque “não há muitas estrelas de cinema abertamente gay”.
Falando mais abertamente sobre a sua sexualidade, assume-se “totalmente fluida” e diz que sempre foi assim, mas que quando era adolescente “queria muito ser normal e sexy”. “Portanto, pensei ‘OK, vou fazer tudo o que conseguir para tentar parecer uma rapariga e fazer com que estes tipos me queiram’. Era isso. É uma história bastante normal”.
Sobre a forma como vive a sua feminilidade, Stewart diz: “sou muito fluida e nunca senti que estivesse a viver uma mentira durante muito tempo para conseguir ter trabalho. Isso estaria errado. Eu diverti-me muito a jogar com todas as tonalidades. Mas há tanto espaço para seres bem-sucedida se escolheres ser mais feminina. Não há espaço para esta outra”.
“Se consegui passar toda a saga de ‘Crepúsculo’ sem fazer a capa da Rolling Stone, isso só quer dizer que os rapazes eram os símbolos sexuais”, defende, antes de acrescentar: “agora, quero fazer a coisa mais gay que vocês alguma vez viram na vida. Se pudesse deixar crescer um pequeno bigode, fá-lo-ia”.
Stewart está numa relação com a argumentista Dylan Meyer desde 2019 e assume que as duas já falaram sobre a possibilidade de terem filhos. “Não sei como a minha família vai ser, mas há hipótese de começar a adotar miúdos. E, idealmente, a dado momento, em breve, quero ter um filho. Quero mesmo que isso aconteça. Não tenho medo de ficar grávida nem de ter um filho, mas tenho muito medo do parto”.