Em 1970, o filósofo Alvin Toffler identificou uma doença que acreditava estar a alastrar-se nas sociedades modernas. Chamou-lhe “choque do futuro”. Prognosticou ele na altura, no best-seller “Choque do Futuro” — que daria origem a um documentário com o mesmo título narrado por Orson Welles —, que, nas décadas seguintes, milhões de pessoas vulgares e psicologicamente normais seriam forçadas a enfrentar uma colisão brusca com o futuro. “Cidadãos das nações mais ricas e tecnologicamente mais avançadas do mundo terão cada vez maior dificuldade em acertar o passo com a incessante exigência de mudança que caracteriza o nosso tempo. Para eles, o futuro chegará demasiado cedo.” Para a maior parte das pessoas, talvez, mas não para Gerard Casale e Bob Lewis, matriculados na Universidade de Kent (no estado norte-americano de Ohio), que nessa época se impôs como um verdadeiro foco de resistência à Guerra do Vietname.
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