Horas antes de o concerto começar, A Garota Não avisou, nas suas redes sociais: venham com tempo, não só para agilizar a entrada numa sala há muito esgotada, mas porque haverá muitas surpresas, a começar pela playlist “Setúbal não é só Choco Frito”, criada para receber os primeiros espectadores. O que as cerca de 1500 almas que encheram o grande auditório do Centro Cultural de Belém não tinham forma de saber é que a viagem em que embarcaram pelas nove da noite se prolongaria até à meia-noite. Sem intervalos nem encores, mas com dezenas de histórias, canções e vozes amigas (e talentosas) que se juntaram ao fecho de ciclo desta garota chamada Cátia. Foi um espetáculo meticulosamente preparado, e dotado de grande ambição conceptual, sem que isso retirasse uma gota de emoção a uma noite que ficará na história da cantora-compositora sadina e, arriscamos dizer, na do próprio CCB.
Exclusivo
A festa-revolução de A Garota Não no CCB: mais do que um concerto, um chão de memórias para um futuro urgente
Foi uma noite para a história de A Garota Não e, possivelmente, para a do próprio Centro Cultural de Belém: três horas de canções, histórias e convidados surpresa como Sandra Baptista, dos Sitiados, Luca Argel ou Sérgio Godinho, justamente recebido com enorme comoção pela plateia que encheu a sala. No próximo sábado, o encontro é na Casa da Música, no Porto