Figura marcante do rock em Portugal nos anos 70 e 80, António Garcez foi um dos mais intensos ‘frontmen’ da música nacional da época: com os Pentágono tocou em festas de alta sociedade, em Arte & Ofício palmilhou palcos de todo o país, nos Roxigénio foi rocker duro e debochado, tendo depois partido para os Estados Unidos, onde vive até hoje.
No Posto Emissor, o artista, que por estes dias está em Portugal para regravar o single a solo de 1982 ‘Onde É que Está o Capital?’, recordou o período imediatamente a seguir ao 25 de Abril, quando começou a percorrer o país a ‘bordo’ de Arte & Ofício, uma das bandas de rock mais populares da época, e se tornou famoso.
“Atravessei a ponte Luis I [entre Porto e Gaia] de Porsche e os comunistas estavam ali todos a caçar fascistas e cuspiram-me no carro. Eu até era de esquerda, mas não tinha medo de ninguém. Eles viram que era eu… ‘É o António Garcez, abre, abre!’”
Ouça a história completa a partir dos 31 minutos e 57 segundos: