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A consagração d’Os Quatro e Meia na Altice Arena: e se tudo fosse assim tão simples?

Ao longo de dez anos de percurso, Os Quatro e Meia esgotaram as mais emblemáticas salas de espetáculo do país e, há poucos meses, tocaram para 17 mil pessoas “em casa”, no Estádio Cidade de Coimbra. Agora, na capital, os conimbricenses contaram na enorme Altice Arena a sua “verdadeira história” com uma generosa dose de humor à mistura. Acompanhados por uma orquestra de 19 músicos, os seis amigos celebraram este sábado a sua carreira num concerto “familiar” em “ambiente de estádio”

Os Quatro e Meia na Altice Arena, Lisboa
Rita Carmo

Paulo Santana Pena (texto), Rita Carmo (fotos)

Pais e filhos, netos e avós, casais e solitários, mas, acima de tudo, um ambiente familiar generalizado, em que imperam os (re)encontros preambulares à sessão, com cumprimentos a um ou a dois beijinhos. A música também tem disto: tanto se dá à preservação da instituição familiar como se permite à osmose classista. “Cabem aqui 20 mil pessoas”, ouve-se um pai dizer aos dois filhos em idade dos porquês. Bom, em pé, talvez, já que esta é noite de confortáveis lugares sentados. Em todo o caso, fazendo fé na lotação esgotada há cinco meses, é um feito notável. E mal imaginávamos nós que, exatamente atrás desse pai, e portanto à nossa frente, viria a sentar-se a filha de Tiago Nogueira, um dos homens-da-frente deste sexteto conimbricense.