Em 2003, menos de um ano depois de editarem o promissor “Black Rooster EP”, o duo The Kills, composto pela norte-americana Alison Mosshart e o inglês Jamie Hince, estreou-se com o álbum “Keep on Your Mean Side”, elogiado pela abordagem “fresca” ao rock de garagem. 20 anos volvidos, os dois músicos mantêm-se mais unidos do que nunca, regressando agora com um sexto longa-duração de originais, intitulado “God Games” e apresentado como “diário dos sete anos” que o separam do antecessor, “Ash & Ice”. No terraço da Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, num dia de sol e calor, Mosshart e Hince conversaram com a BLITZ sobre a forma como a vivência em Los Angeles, durante a pandemia, se infiltrou naquilo de que falam nas novas canções, esclarecendo também que a pintura de tourada que escolheram para a capa é uma “metáfora incrível para a condição humana”. A não-relação com Deus, o equilíbrio entre amizade e trabalho, que os leva a conversar por telefone “pelo menos quatro vezes por dia”, e o facto de as digressões se terem tornado um luxo ao qual não sabem se conseguirão continuar a dar-se foram outros temas abordados na conversa.
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Entrevista a The Kills: “Toda a gente quer que sintamos que o que fazemos é um privilégio. Ainda nos perguntam: ‘não fazem de graça?’”
No ano em que celebram o 20º aniversário do álbum de estreia, marco do rock dos anos 00, os Kills regressam com “God Games”, disco que é lançado esta sexta-feira e funciona como “diário dos sete anos” de interregno. Em entrevista à BLITZ realizada num dia de calor e sol em Lisboa, Alison Mosshart e Jamie Hince falam sobre a não-relação com Deus, a proximidade que os leva a conversar por telefone “pelo menos quatro vezes por dia” e como andar em digressão se tornou um luxo: “A indústria musical sugou toda a gente até ao tutano”