Há uma razão para ser tão comum na “escrítica” rock o uso da palavra “difícil” antes da expressão “segundo álbum”: costuma dizer-se que os artistas têm 20 anos para gravar o seu trabalho de estreia e só alguns meses para registar o segundo. E isso é (mais ou menos...) verdade no caso dos Pearl Jam, grupo de Seattle que conseguiu à primeira tentativa, com “Ten”, trabalho lançado no verão de 1991, o que a maior parte das bandas jamais alcança em carreiras inteiras – um retumbante sucesso global traduzido em 15 milhões vendidas.
O “mais ou menos” do parágrafo anterior refere-se ao facto de “Ten” não ter sido exactamente o primeiro “rodeo” dos músicos que formaram os Pearl Jam: Jeff Ament e Stone Gossard já tinham os Green River e os Mother Love Bone nos seus currículos – e ainda trabalhariam no projeto Temple of the Dog com Chris Cornell dos Soundgarden –, ao passo que Eddie Vedder labutou em várias bandas de San Diego, incluindo os funk-rockers Bad Radio, que embora nunca tenham chegado a gravar, alcançaram considerável notoriedade no circuito de clubes local.