Numerosos discos e canções são lançados esta sexta-feira, 22 de setembro, dia que antecede a chegada do outono. É o caso de “Flying Wig”, novo álbum de Devendra Banhart. Neste trabalho, que sucede a “Ma”, de 2019, o norte-americano de origem venezuelana trabalhou com Cate Le Bon (que também produziu o novo dos Wilco, “Cousins”). Em novembro, Devendra Banhart toca no Coliseu dos Recreios, em Lisboa (dia 7), e no Theatro Circo de Braga, a 8.
Quem também está de regresso aos álbuns é a australiana Kylie Minogue. “Tension” é o título do seu 16.º trabalho de estúdio, cujas canções, invariavelmente dançáveis, foram inspiradas por temas como “o amor e os desgostos amorosos”. ‘Padam Padam’ foi o (celebrado) primeiro single.
“Scarlet” é o título do quarto álbum da norte-americana Doja Cat. O disco reflete a desilusão da artista com o estado da música pop e as críticas ao seu estatuto como rapper, representando um sucessor “masculino” do seu anterior trabalho, “Planet Her”. Hip-hop e R&B são os géneros privilegiados e ‘Agora Hills’ é o single mais recente.
Também hoje, chega às lojas e ao streaming “Leveza”, o novo álbum a solo de André Henriques, vocalista, guitarrista e letrista dos Linda Martini. O disco estará disponível nas versões digitais e física (apenas em vinil) e dá agora origem a um novo single, ‘Espanto', cujo vídeo foi realizado por Paulo Segadães. “Espanto”, o álbum, foi gravado em Lisboa e misturado no Rio de Janeiro. Os concertos de apresentação acontecem no Teatro Maria Matos, em Lisboa, a 15 de novembro, e no Plano B, no Porto, a 17 do mesmo mês. Já esta sexta-feira, 22 de setembro, André Henriques toca na Casa da Música Jorge Peixinho, no Montijo.
Hoje é também dia de conhecer “Mãe”, o novo disco de Cristina Branco, que tem o fado tradicional como ponto de partida e de homenagem. 18.º álbum em 26 anos de carreira, o trabalho encontra a sua “densidade poética ” na obra de Fernando Pessoa e David Mourão-Ferreira, mas também na de Aldina Duarte, Manuela de Freitas, Natália Correia ou Teresinha Landeiro.
“Ser mãe é como um caminho de volta a casa, é como recomeçar uma civilização”, explica a artista. “Neste disco, quis enfrentar a minha própria batalha ao debruçar-me sobre o que me foi dado viver através da música, de como me acolheu, de como derrubou todos os obstáculos que me impediam de sair da minha ilha.” Cristina Branco apresenta o novo disco no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, a 21 de outubro: na Casa da Música, no Porto, a 30 de novembro, e no Auditório Municipal de Lagoa, a 1 de dezembro. O concerto em Lisboa, no Centro Cultural de Belém, está marcado para 2 de fevereiro.
Com raízes cabo-verdianas, Lura lança hoje “Multicolor”, álbum que marca uma nova fase na sua carreira de mais de 25 anos. Produzido por Agir, o disco traz dez canções originais, três delas cantados (pela primeira vez) em português, que “exaltam a sua dupla nacionalidade, portuguesa e cabo-verdiana”. Em comunicado, pode ler-se que este é um álbum sobre “liberdade, diversidade, aceitação e a força e importância da mulher na sociedade”. “Multicolor” conta com a colaboração de Dino D'Santiago, José Eduardo Agualusa, Picas e Angelique Kidjo.
Também hoje chega “Contornos”, primeiro álbum da portuguesa Mimi Froes. Autora de todas as letras e músicas, à exceção das de ‘Não Vás Já’, a autora apresenta assim este disco: “Reflete a minha certeza de que a vida nos ensina a errar e a desistir do perfeccionismo. Fala sobre a perda desse controlo, a tentativa de o recuperar e a frustração desse processo, mas também da esperança de encontrar paz no mesmo.” “Contornos” será apresentado no Maria Matos, em Lisboa, a 29 de novembro, e na Casa da Mùsica, no Porto, a 1 de dezembro.
“Até ao Sol" é o título do EP que, esta sexta-feira, Elisa Rodrigues apresenta. Com este lançamento, chega também o single ‘Lava’, “uma ode à raiva, como emoção ultra necessária”. A atriz Mia Tomé é convidada deste tema, nele fazendo um interlúdio spoken word. O disco inclui outras canções, como ‘Amor Perfeito, Sonhar', com Rita Onofre, ‘Sem Medo', com Joana Alegre, e ‘Tanto’, que reflete a sua experiência de maternidade. “Até ao Sol” é o primeiro disco totalmente em português de Elisa Rodrigues, que outrora trabalhou com os ingleses These New Puritans. O disco será apresentado no Planetário de Lisboa, a 29 de setembro.
Despedimo-nos com um novo tema de “Cidade”, o décimo álbum de António Zambujo. ‘5 Minutos de Whisky’ foi escrita, à semelhança das restantes faixas do disco, por Miguel Araújo. A palavra ao autor: “O meu tio Luís conta a história do ‘Pai Henriques’, boémio afamado da cidade do Porto, que em tempos que já lá vão andava de bar em bar sempre com o mesmo copo, que trazia de casa. A filha, ao que se sabe, costumava fazer a ronda noturna à procura do pai, para o levar para a casa, que quando era apanhado pedia sempre mais cinco minutos, estendia o tal copo ao garçon e pedia ‘ponha-me aqui cinco minutinhos de whisky, se faz favor’.”