“Vimos desde putos”, começa por dizer o senhor Sérgio, acompanhado pela mulher, a dona Maria, ambos “nascidos e criados” em Vilar de Mouros, onde vivem há quase 70 anos. “Nós somos velhos mas é só no corpo, a cabeça continua jovem”, afiança ela. As memórias do nascimento do festival mais antigo da Península Ibérica ainda estão frescas. “Eu ainda era um rapaz novo quando da primeira vez, em 1971, esteve cá a Amália Rodrigues, o Elton John e essa malta toda”, recorda Sérgio Alves. “Tínhamos de pagar para entrar e, já naquele tempo, não era barato. Lembro-me bem de ter ouvido, cá de fora, a Amália a cantar”, conta Maria Alves.
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O dia ‘pesado’ do festival CA Vilar de Mouros: “A malta cá de cima é diferente. O público do Norte é mais viking”
Bizarra Locomotiva, Apocalyptica, Within Temptation e Pendulum dividiram o carinho dos festivaleiros ao terceiro dia e penúltimo dia do festival CA Vilar de Mouros. Em palco, a bandeira da Ucrânia foi agitada. Fora dele, a BLITZ encontrou sobreviventes da primeira edição, de 1971, “quando esteve cá a Amália Rodrigues, o Elton John e essa malta toda”: “Nunca falhamos! Há que gozar a vida”