Nem tudo tem que ser explosivo, cintilante, inesquecível, inigualável. Num festival de verão, numa mesma noite, a ‘temperatura’ pode oscilar: a dos artistas, a do público, até a de quem escreve. O décimo concerto de uma banda em Portugal pode ser o primeiro de um futuro fã: é uma questão de perspectiva, relativismo, subjetividade. No caso dos norte-americanos Black Keys, o espetáculo da noite de quinta-feira no Passeio Marítimo de Algés, encetado às 21h30 em ponto, é apenas o terceiro do duo de Akron em Portugal e, curiosamente, o segundo neste mesmo espaço.
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Black Keys no NOS Alive: é blues, é bom e talvez baste, mas onde está a faísca de 2012?
Conciso, prático e eficaz, o concerto dos Black Keys no NOS Alive poderia ter sido o que se esperaria que fosse: um concentrado de blues-rock orelhudo de uma banda com rodagem e repertório suficientes para empolgar uma plateia gigante. Talvez por isso seja mais estranho que apenas um par de canções tenha aquecido um ambiente morno. Porventura não bastará a um concerto ser conciso, prático e eficaz para se tornar memorável