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Blitz

O punk bebe sumo, o casal metálico dança Simple Minds, a criança abana-se ao som do rap metal. Uma frase apenas: isto é Vilar de Mouros

Durante três dias, Vilar de Mouros, o “Woodstock português”, não dorme. A vila, pedra aconchegada em verde, ganhará outras vidas. Os olhares cruzam-se, os amigos reconhecem-se e a cerveja cai em rodopio. A crónica dos costume de um festival único

Festival EDP Vilar de Mouros
Rui Duarte Silva

Paulo André Cecílio (texto), Rui Duarte Silva (fotos)

Ao longe, um monte atingido de negro recorda-nos que este foi mais um verão para esquecer no que toca a incêndios. É a primeira coisa que salta à vista assim que se volta a entrar no recinto do EDP Vilar de Mouros, ainda uma das primeiras bandas do dia faz o seu soundcheck. Em volta, as casas dos habitantes da vila mostram-se convidativas: são uma excelente oportunidade para evitar as confusões típicas de festival, já que das janelas se vislumbra, bastante bem, o palco principal, e dos seus pórticos a música soa tão volumosa como no espaço em si. Durante três dias, Vilar de Mouros, o “Woodstock português”, não dorme. Esta parcela de terreno não servirá de pasto. A ponte estará interdita às viaturas de turistas aventureiros. A vila, pedra aconchegada em verde, ganhará outras vidas. Os olhares cruzam-se e os amigos reconhecem-se e a cerveja cai em rodopio.