Entre uma curta conversa com Pedro Sampaio, a grande estrela da noite, e a notícia do cancelamento de Lewis Capaldi, chegamos ao concerto de Chico da Tina num dos palcos secundários do MEO Sudoeste já a procissão ia muito para lá do adro. Com a festa em ponto de ebulição, a “trapstar” minhota perdia-se em palco entre o batalhão de comparsas que o acompanhava e que ajudou a puxar por um público efusivo, extravasando bem os limites da tenda que cobria o palco. Com direito a insufláveis em formato de fatia de melancia e cisne – prontos para um crowdsurf bem confortável – e umas valentes bisnagadelas de água para refrescar os ânimos, o músico foi servindo os seus temas bem pontuados com pronúncia nortenha e recebidos em euforia por uma plateia que não arredou pé.
O caos que se viveu em cima e fora de palco foi crescendo ao som de temas como ‘Castolo’ ou ‘VianaViceCity’, mas foi com os hinos ‘Resort’ – “Meus amigos, eu quero ver quem conhece esta. Vou saltar para cima de vocês. Essas mãos no ar. Eu vou a correr daqui”, avisou, antes de mergulhar na pequena multidão – e ‘Ronaldo’ que o coro se agigantou e o “foco, determinação e atitude” compensaram. “OK, meus amigos, assim sim. Assim vale a pena”, exclamou o músico, satisfeito com a participação do público.
“Obrigado, Alentejo. Foi um prazer estar aqui. Vamos abrir a última roda da noite”, pediu, já perto do final, “vamos correr uns contra os outros, quem cair no chão os outros apanham. É só quando droppar”. O que se seguiu foi “o apocalipse”. A tenda não caiu, mas não foi por falta de tentativa, que a equipa de segurança esteve bem ocupada a pedir aos mais afoitos que descessem das estruturas de suporte. Para a despedida em grande, forma-se em palco um “coimboinho à portuguesa”: “está de partida para outra freguesia, mas pode sempre voltar”. Isto, claro, ao som de ‘Portugal, Tenho Saudade’, de Alfredo Soares.