Em todas as décadas, parece haver um momento em que a imprensa especializada, impulsionada pelo mais recente êxito de uma qualquer canção cantada em castelhano, nos diz que “a música latina está a tomar conta do mundo”. É uma frase que até poderia fazer algum sentido, caso não tivessemos prestado atenção nas aulas de história pop: quando é que a música latina não tomou conta do mundo? Basta recuar até aos anos 50, quando Nat King Cole cantou em espanhol, o jazz que se fazia em Cuba encontrava um lugar nos EUA, e Ritchie Valens colocou meio mundo a dançar 'La Bamba'. Ou até ao final dos anos 60, quando Carlos Santana fundiu os ritmos e as melodias do seu México com o psicadelismo rock’n’roll. Ou até 1990, quando Juan Luis Guerra deu sotaque à ‘sofrência’ com ‘Burbujas de Amor’. Ou até 2004, quando Daddy Yankee deu ‘Gasolina’ a todos os subúrbios do mundo. Ou até 2017, quando o mesmo Daddy Yankee se juntou a Luis Fonsi para um ‘Despacito’...
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Quem é C. Tangana, o espanhol de 31 anos que esta sexta-feira ‘manda’ no Super Bock Super Rock?
É um dos responsáveis por ‘Malamente’, que colocou Rosalía nas bocas de todos. Mas é mais do que isso: há toda uma história da música latina que se desenrola quando o escutamos. Sucesso em Espanha, chegou a vez de Portugal se deixar enredar: a partir das 22h, a Altice Arena, em Lisboa, é toda sua