Aysoltan Niyazov, uma das mulheres que integram o coletivo de ativistas Pussy Riot, foi presa durante um concerto do grupo na Croácia, na passada segunda-feira.
Segundo a agência noticiosa Reuters, a ativista, que tem dupla nacionalidade, da Rússia e do Turquemenistão, arrisca-se agora a ser extraditada para este último país.
Niyazov foi presa durante um concerto que faz parte da presente digressão das Pussy Riot, que tem duas datas marcadas para Portugal e cujas receitas serão entregues a um hospital em Kyev, na Ucrânia.
A polícia croata prendeu a ativista com base em informação da Interpol, segundo a qual Niyazov teria desviado fundos do banco central do Turquemenistão. A russa desmente estas acusações e a Amnistia Internacional já apelou à sua libertação.
"As autoridades croatas sabem que o ativismo de Aysoltan Niyazov a coloca em risco de sofrer abusos graves, caso seja extraditada para o Turquemenistão", afirma Julia Hall, da Amnistia Internacional. "As autoridades de Zagreb devem recusar o pedido do Turquemenistão para que ela seja extraditada, libertando-a de imediato."
A mesma responsável da Amnistia Internacional afiança que há registos de as autoridades do Turquemenistão apresentarem queixas falsas, com base em provas fabricadas.