As palavras de Nick Cave para a apresentação do seu novo documentário “This Much I Know To Be True” – “todos vivemos as nossas vidas perigosamente, em estado de perigo, à beira da calamidade” – ressoam de forma particularmente grave após o próprio ter comunicado, na última segunda-feira, a morte do seu filho mais velho, Jethro Lazenby, fruto de uma relação fugaz com Beau Lazenby. Esta é a segunda dura perda do cantor: em 2015, Arthur, um dos seus filhos gémeos, caiu de um penhasco em Brighton, Inglaterra, facto que inspiraria não apenas o documentário de 2016 “One More Time With Feeling”, mas também alguma da matéria dos discos “Skeleton Tree” e “Ghosteen”.
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A vida e a morte segundo Nick Cave. Já vimos “This Much I Know To Be True”, um filme cheio de música, luz e humanidade
“This Much I Know To Be True”, documentário de Andrew Dominik sobre a relação criativa de Nick Cave e Warren Ellis, estreia-se esta quarta-feira nos cinemas em Portugal, a um mês do regresso ‘in loco’ com os Bad Seeds. “Todos vivemos as nossas vidas perigosamente, à beira da calamidade”, afirma o bardo australiano, frase que assume peso maior perante a morte do seu filho Jethro, no início desta semana