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Adolfo Luxúria Canibal: “Os DJ, mesmo os mais medíocres, olham para mim como quem diz: só passa discos porque é famoso”

Vocalista dos Mão Morta e escritor, Adolfo Luxúria Canibal garante que não se sente olhado de lado no meio literário. “A minha matéria, que é a voz, também está ligada à poesia. Há uma integração que faz com que não sinta essa sobranceria. Mas no meio dos DJ é flagrante”. Para ouvir no Posto Emissor

ALEXANDRA TEOFILO/Porto Editora

Adolfo Luxúria Canibal, que acaba de lançar o máxi-single "Tricot", com os Mão Morta, e de publicar a novela gráfica "O Crespos", falou, no Posto Emissor, podcast da BLITZ, sobre a sua participação em eventos literários.

Questionado sobre um eventual tratamento diferenciado, por ser um escritor vindo do mundo do rock, responde Adolfo Luxúria Canibal: "Sempre fui um bocado 'autista' relativamente ao que me rodeia, senão não tinha conseguido ser vocalista. Mas a minha matéria, que é a voz, está muito ligada à poesia, à spoken word. Mesmo nos Mão Morta, nunca estive longe desse registo. Há uma integração que faz com que não sinta essa sobranceria."

O mesmo não se passa noutros contextos, diz: "Quando vou pôr música, sinto que os DJ, mesmo os mais medíocres, olham para mim como [quem diz]: 'só vem passar discos porque é famoso'".

Pode ouvir a resposta pelos 2m 30s.