Quando anunciaram pela primeira vez um concerto no Coliseu de Lisboa, os Idles vinham apresentar o seu terceiro álbum, “Ultra Mono”, lançado em 2020. Os planos de uma das bandas cimeiras do rock britânico acabariam por ser atropelados, como os do resto do mundo, pela pandemia. Mas, ao invés de se afogarem em autocomiseração, os homens de Bristol aproveitaram a pausa imposta pela covid para unirem forças e encontrarem um novo caminho, nomeadamente em estúdio. Depois da explosão de popularidade com “Joy as an Act of Resistance”, o álbum de 2018, “Ultra Mono”, editado dois anos depois, não colheu os mesmos favores da crítica e é olhado com reservas pela própria banda, que o descreve como uma caricatura das forças e fraquezas do quinteto. Da ‘hibernação’ acabaria por nascer o excelente “Crawler”, quarto longa-duração da rapaziada e pretexto da digressão que, após dois adiamentos, aterra por fim no Coliseu de Lisboa. Numa chamada Zoom a partir de Paris, Joe Talbot, vocalista da banda, e Mark Bowen, seu guitarrista, não escondem o entusiasmo com o regresso a Portugal. “O público português é o melhor que já tivemos”, sentencia Joe Talbot, que à frente dos Idles atuou no Porto e em Lisboa por quatro vezes, entre 2018 e 2019. “Os portugueses estavam cheios de energia, e muitas vezes mais energia significa mais agressão. Neste caso, foi mais energia e só amor. O que é perfeito.”
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Esta noite é dos IDLES. “O público português é o melhor que já tivemos. Mais energia pode significar mais agressão, mas aqui é só amor”
Uma das mais estimadas bandas do rock britânico desta década dá esta sexta-feira um concerto no Coliseu de Lisboa. À procura de “uma honestidade no limite da dor, no limite do amor”, dizem ao Expresso/BLITZ o vocalista Joe Talbot e o guitarrista Mark Bowen