Quem entrar hoje na página principal do Google vai-se deparar com um "doodle" a substituir o habitual logótipo do motor de busca. A homenagem que o gigante tecnológico norte-americano presta em algumas datas está hoje relacionada com o 161º aniversário da publicação de Moby-Dick. Uma obra mítica narrada pelo marinheiro Ishmael sobre a incessante busca do capitão Ahab por Moby-Dick, uma gigante baleia branca que destruiu a sua anterior embarcação e parte da perna esquerda. O livro é uma história de vingança carregada de simbolismo e passagens memoráveis que o converteram num clássico da história da literatura.

Moby-Dick é atualmente considerado a obra-prima de Herman Melville, autor que procurou precisamente deixar para a posteridade esta jornada de obsessão como o seu magnum-opus. Porém, a fama e aclamação crítica de Melville e Moby-Dick só chegou depois da morte do escritor norte-americano, uma vez que o livro passou despercebido na altura da sua publicação a 18 de outubro de 1851.

Só no início do séc. XX é que as obras de Herman Melville voltaram com grande destaque à esfera dos críticos uma vez que, em vida, este livro coincidiu precisamente com o declínio do escritor, período que o votaria ao esquecimento nas décadas seguintes.

Agora, com inúmeras adaptações ao cinema e à televisão, bem como personagens sobejamente reconhecidas da cultura e consciência popular, Moby-Dick continua viva nas páginas de livros espalhados pelo mundo, continuamente a fugir no oceano.