Nesta fase da vida, já percebeu que ninguém é feliz o tempo todo. E a felicidade parece escapar-lhe por entre os dedos quando chega a esta época do ano em que tem de se concentrar ao máximo no estudo para garantir boas notas. Eric Baker, que tem um blogue que já foi citado no "New York Times", "Wall Street Journal", "Wired" e "Time", deixa-lhe alguns conselhos sobre felicidade que podem fazer a diferença na sua vida.

Vá à luta

Geralmente, não faz aquilo que o deixa feliz, mas aquilo que é mais fácil. Estabeleça objetivos ambiciosos na sua vida e lute por eles. Não imagina o efeito positivo que isso terá na sua autoestima. Ficar sentado no sofá a ver televisão é cómodo, mas não o torna feliz. É mais feliz quando está ocupado. Provavelmente, já percebeu que se sente bastante entusiasmado quando estuda uma matéria e finalmente começa a compreendê-la. Pensar e trabalhar combatem pensamentos negativos. Uma mente que vagueia não é uma mente feliz. Aprender e desenvolver novas habilidades pode ser stressante no curto prazo, mas no longo prazo aumenta a sua felicidade.

Não esqueça o básico

Irritado? Antes de começar a disparar à sua volta, coma qualquer coisa. Ninguém raciocina bem com fome ou sono! Dormir uma sesta pode ser suficiente para afastar as energias negativas e recomeçar a ver o mundo a cores. Durma bem. Quanto mais cansado andar, mais difícil será sentir-se bem e ainda menos, feliz.

Insista nas pequenas coisas da vida

A felicidade é um conjunto de momentos felizes. Pensar que será feliz se ganhar o Euromilhões é deixar passar ao seu lado inúmeras oportunidades, sem as aproveitar. É preferível ter pequenos momentos felizes do que raras situações de grande felicidade. Nunca desista de tentar aumentar o número de coisas boas que podem acontecer na sua vida, e afastar as más, ou pelo menos, reduzir o seu impacte. Porque são as coisas boas, ainda que pequenas, que provocam melhorias na sua vida.

Seja otimista, mesmo quando está à beira da desilusão

Ainda que o pessimismo o deixe melhor preparado para enfrentar más notícias, o otimismo é a chave para ser mais feliz. Está provado que pessoas com expetativas mais positivas em relação ao estudo, ao trabalho ou ao amor, conseguem níveis mais elevados de satisfação nestas áreas e resolvem mais facilmente os problemas que surgem. A verdade é que uma certa desvalorização das ameaças que espreitam à sua volta ajuda a reduzir o stresse, e aumenta a motivação e o desempenho competitivo nas tarefas que precisa de executar. Mesmo no amor é bom ter algumas ilusões. As pessoas felizes geralmente acreditam que o parceiro é mais impressionante do que aquilo que ele é na realidade. Como também há quem defenda que se achar que outra pessoa é ótima, ela vai achar o mesmo de si. Resumindo: ter pensamentos felizes, distribuir abraços e sorrisos à sua volta pode parecer-lhe uma terapia hippie, mas funciona.

Valorize o que tem

Mostrar gratidão por as coisas boas que vive torna-o mais feliz, melhora as suas relações e transforma-o numa melhor pessoa. Sabia que quem recebe uma medalha de bronze é mais feliz do que quem ganha a prata? É que enquanto os que ficam em segundo lugar lamentam terem deixado escapar o primeiro, os últimos ficam felizes por terem conseguido um lugar no pódio. Talvez já tenha sentido isso com as notas, quando fica mais satisfeito com um 11 num exame em que receava uma negativa, do que com um 17 numa cadeira em que está muito à vontade.

A melhor forma de valorizar o que de bom lhe acontece é nunca adormecer sem pensar primeiro em três coisas boas que lhe tenham acontecido ao longo do dia. Se não o fizer, será fácil deixar escapar algumas delas, sem sequer as ter saboreado condignamente. Mas contrário também é verdadeiro: se preferir agarrar-se às coisas más, vai sentir-se miserável. Por isso, treine o cérebro para se concentrar nas emoções positivas e nunca nas negativas.

Faça aquilo em que é bom o maior número de vezes possível

Fazer aquilo que gosta é dos maiores prazeres que pode ter na vida. E não falamos apenas de hobbies, mas também de trabalho. Há um provérbio chinês que diz "Escolhe um trabalho que ames e não terás de trabalhar um único dia na tua vida". Já reparou na paixão com que o seu professor de Matemáticas Aplicadas explica a matéria? Talvez não ponha tanta paixão quando anda de bicicleta ou veja a sua serie favorita. Não interessa se é trabalho ou lazer, o importante é descobrir os seus maiores talentos, e exercitá-los o mais possível. Se é bom a liderar pessoas, a trabalhar em equipa, a falar em público, use mais essas competências - aumenta o seu nível de felicidade, porque faz aquilo em que é bom, e não terá dificuldades em destacar-se. Mas o mesmo acontece se o seu talento é cantar, fazer teatro ou preparar cocktails a que ninguém resiste.

Passe o máximo de tempo com as pessoas de quem mais gosta

As pessoas mais felizes são as que criam relação mais fortes com quem as rodeia. Passe mais tempo com a família e com os amigos. Partilhe o que de bom lhe acontece com essas pessoas e peça-lhes que façam o mesmo. Felizmente, que a felicidade é mais contagiosa do que a infelicidade.

O dinheiro é bom. Mas há muitas outras coisas que são ainda melhores

Você já percebeu que pode ser tão feliz bebendo uma cerveja com os amigos ou jantando num sushi XPTO, por isso não vale a pena continuar a sobrevalorizar a importância do dinheiro na sua vida. É obvio que ele faz falta para muita coisa, mas quando consegue ter o necessário para viver com o mínimo de qualidade, ele não é absolutamente essencial para ser feliz. Ter dinheiro é bom, mas desejar muito ter dinheiro faz-lhe mal.

Dê

Já ouviu que dar torna-nos mais felizes do que receber? Não é por acaso que tantas pessoas se dedicam ao voluntariado. É que dar algo de si aos outros, nem que seja tempo, cria uma espiral de felicidade na sua vida. E há muitas formas de o fazer. Explicar a um colega uma matéria que ele não entende, carregar os sacos de compras da vizinha idosa do primeiro andar ou dar explicações de matemática a alunos de uma escola de um bairro carenciado, podem ter um impacte tremendo na sua felicidade - e na dos outros!

Aprecie

Tenha tempo para apreciar as coisas boas da vida. E quais as melhores maneiras de o conseguir? Saboreando memórias felizes ou antecipando momentos que sabe que lhe irão dar prazer. Mas também apreciar o presente e não deixar a mente vaguear ou distrair-se com o que não interessa. Quantas pessoas parecem mais preocupadas em registar um momento de prazer no Facebook ou no Instagram em vez de o desfrutar?! Se está em boa companhia, se tem um belo bolo de chocolate à frente, ou se recebeu um 18 no teste de Estatística, concentre-se neles e esqueça o mundo à volta.