A vida profissional de Marco Caneira voltou ao normal. Ou quase. Apesar de não poder jogar até ao final da temporada por não estar inscrito, o defesa voltou a treinar com os restantes companheiros do Sporting após meses a fio a trabalhar sozinho.

"O regresso do Marco [Caneira] é o virar de uma página negra no clube. Uma página que deve ser esquecida mas, ao mesmo tempo, lembrada... para que nunca mais aconteça", explica ao Expresso Paulo Barbosa, o representante do internacional português.

Paulo Barbosa, que sempre se mostrou muito crítico em relação ao trabalho e postura de Costinha, antigo diretor do futebol 'leonino', garante também que Marco Caneira só tem um objetivo na cabeça: "Trabalhar para poder jogar no Sporting". "Rescisão? Recordo que o jogador não quis assinar qualquer desvinculação porque tem o firme propósito de ajudar o clube".

Ascensão e queda

Marco Caneira, formado nas camadas jovens do Sporting, passou por ano e meio em Alvalade entre janeiro de 2006 e maio de 2007, antes de regressar ao Valência, clube a que estava ligado contratualmente.

Mais tarde, no verão de 2008, conseguiu a desvinculação do clube espanhol e assinou por quatro anos com o Sporting, reduzindo parte do salário (ganhará em quatro épocas o mesmo que receberia por três em Valência) com o firme propósito de acabar a carreira em Alvalade.

Agora, com o regresso de Carlos Freitas e Luís Duque ao clube, o defesa-central foi reintegrado no plantel após nove meses a trabalhar à parte dos restantes companheiros, sempre num relvado diferente e equipando-se no balneário normalmente destinado aos árbitros na Academia.

No entanto, existem ainda situações por resolver, nomeadamente os alegados valores não liquidados do contrato que dizem respeito à parte dos direitos de imagem de Marco Caneira.