Os jogadores do Palmeiras, clube em risco de despromoção à II divisão brasileira de futebol, estão a recorrer a seguranças privados para se protegerem dos adeptos em fúria.
Quando faltam apenas quatro jornadas para o final do Brasileirão, o Palmeiras, um dos clubes com mais títulos (oito) no campeonato principal, segue no 18.º e antepenúltimo lugar, já a distantes sete pontos da "linha de salvação" - e recebe no domingo o líder Fluminense.
O treinador do Palmeiras, Gilson Kleina, já apelou à calma para "evitar alguma tragédia", enquanto o avançado argentino Hernan Barcos, uma das maiores figuras da equipa, deixou entender que pode estar de saída, por temer pela sua segurança.
O clima tenso levou mesmo à intervenção do ministro brasileiro do Desporto, Aldo Rebelo, que solicitou publicamente o fim das ameaças sobre os jogadores do Palmeiras.
Ameaças de morte ao presidente
A situação de tensão tem escalado e, esta semana, foram pintadas nas instalações do clube ameaças de morte ao presidente Arnaldo Tirone. "A situação é difícil, mas não impossível. Temos quatro jogos e tudo pode acontecer. Não precisamos de nenhum milagre", disse o presidente, procurando apaziguar os ânimos.
O Palmeiras é, a par do Santos, o clube que mais títulos conquistou no Brasileirão e esta época já conquistou a Taça do Brasil, ainda sob o comando de Luiz Felipe Scolari, antigo selecionador de Portugal, que saiu da equipa em setembro.