“Às vezes é preciso uma mudança para dar um clique”. Foi com esta reflexão curta que Petit abandonou de livre iniciativa o Boavista aos primeiros sinais de contestação dos sócios, que o aclamaram como herói na bem-sucedida época de regresso à I Liga, na temporada passada. O antigo campeão do Bessa, a quem o ex-selecionador António Oliveira apelidou de “Pitbull” pela sanha com que corria atrás da bola e marcava os adversários, alegou motivos pessoais para sair do clube do seu coração, e ruma a partir desta quarta-feira para a sua segunda aventura como treinador de futebol.
Aos 39 anos, Armando Gonçalves Teixeira, nascido em Estrasburdo e depressa batizado de Petit para a família e amigos, por ser pequeno e franzino desde miúdo, deixa para trás mais de três anos ao leme da equipa do Bessa, primeiro como treinador-jogador e depois como técnico a tempo inteiro, seduzido pelo desafio de um clube que já vai no terceiro timoneiro esta época.
Promovido esta época ao escalão principal, o Tondela já vai no terceiro treinador. Rui Bento pediu a demissão esdta terça-feira. na ressaca do desaire (2-0) sofrido frente ao União da Madeira, sem um único triunfo nos cinco jogos que orientou após suceder a Vítor Paneira. Com apenas uma vitória e em último lugar da Liga, com apenas cinco pontos somadfos à 12ª jornada, só um grande clique permitirá a Petit aquecer o lugar no banco elétrico do Tondela, já eliminado da Taça da Liga e da Taça de Portugal.
Para evitar pressões e comparações o treino desta quarta-feira foi à porta fechada, o que pode repetir-se pelo menos até ao jogo com o Sporting de Braga, agendado para domingo. Petit, campeão e capitão no Benfica, nunca foi de voltar a cara a missões quase impossíveis, como quando regressou ao Boavista despromovido à III Divisão para jogar à borla durante ano.