A gasolineira espanhola Repsol vai fechar todas as lojas de conveniência da cidade de Lisboa até ao fim desta semana. A decisão foi participada aos 67 funcionários das oito lojas há duas semanas sem que estes tivessem tempo para negociar com a empresa.
A Repsol manterá apenas abertas as lojas que funcionam nos seus postos de abastecimento de gasolina. As explicações dadas aos funcionários para o encerramento das lojas não é clara. Foi-lhes explicado que os estabelecimentos não estavam a dar o lucro esperado pela empresa espanhola, mas ao mesmo tempo, foi-lhes dada a garantia de que os espaços não iriam ser vendidos (três são propriedade da Repsol, os outros quatro são alugados). Contudo, fonte da Repsol garante ao Expresso que as lojas não davam prejuízo, citando nomeadamente os estabelecimentos da Avenida Álvares Cabral e da Rua D. Pedro V como geradores de receitas.
António Martins Vítor, director de Relações Externas da Repsol, afirma que foi apenas a falta de rentabilidade dos estabelecimentos que determinou o seu encerramento. Martins Vítor adianta ainda que, antes de decidir fechar as lojas, a empresa procurou no mercado interessados em comprar o negócio, mas não apareceu ninguém.
Apesar disso, a hipótese que a maioria dos gestores das lojas avança é que a Repsol queira fazer o negócio com outra empresa sem o ónus laboral que eles representam. O director de Relações Externas da empresa, de facto, admite a ideia de serem encontradas outras soluções, frisando, no entanto, que as lojas de conveniência numa cidade como Lisboa são necessárias, mas para que existam tem de se encontrar um modelo de negócio que seja rentável e capaz de responder à procura do mercado: Tentámos fazê-lo com este modelo, mas aparentemente não funcionou.
As lojas de conveniência começaram por pertencer ao grupo Pão de Açúcar, tendo passado por vários grupos nacionais até a Shell as ter comprado e vendido à Repsol há três anos. Durante todas estas transacções os funcionários mantiveram sempre os seus postos de trabalho assegurados.
Desta feita isso não aconteceu. Os empregados, gestores e funcionários de balcão já têm as cartas de despedimento na mão e outra para o Instituto do Emprego e Formação Profissional para poderem usufruir do subsídio de desemprego, levando para casa uma indemnização de um mês e meio por cada ano de trabalho.
Depois da notícia avançada pelo Expresso, a administração da Repsol contactou o jornal para assinalar que o número oficial de desempregados é de 47.
Nome |
Distrito | Localidade | Endereço | CP |
Miguel Bombarda |
Lisboa | Lisboa | Av. Miguel Bom barda 59B | 1300 |
Ferreira Borges |
Lisboa | Lisboa | Av. Ferreira Borges 96C | 1300 |
Álvares Cabral |
Lisboa | Lisboa | Av. Álvares Cabral 61A/B | 1250 |
Chile |
Lisboa | Lisboa | Praça Chile 3 | 1000 |
Infante Santo |
Lisboa | Lisboa | Av. Infante Santo 38A | 1350 |
José Fontana |
Lisboa | Lisboa | Praça José Fontana 11 | 1350 |
D. Pedro V |
Lisboa | Lisboa | Rua D. Pedro V | 1250 |
Telheiras |
Lisboa | Lisboa | Rua Padre Américo 30 | 1600 |