A primeira-ministra australiana, Julia Gillard, foi literalmente atacada por um grupo de manifestantes aborígenes, quinta-feira, durante uma cerimónia oficial realizada em Camberra.
Na origem dos protestos esteve o discurso proferido pelo líder da oposição, Tony Abbott, no âmbito das comemorações do Dia da Austrália. Ao afirmar que nos últimos 40 anos "muita coisa mudou para melhor" desde a criação da embaixada aborígene mas que esta pode vir a ser extinta, Abbott provocou a ira dos ativistas que resolveram manifestar o seu descontentamento, dirigindo-se ao restaurante onde Tony Abbott e Julia Gillard se encontravam.
A confusão foi grande, com a polícia a ter de formar uma barreira para garantir a segurança da primeira-ministra. Mesmo amparada pelos guarda-costas, Gillard não ganhou para o susto e teve dificuldades para abandonar o local, onde acabou por perder um sapato.
O Dia da Austrália comemora o aniversário da chegada dos primeiros colonos a Sydney, a 26 de janeiro de 1788, data que os aborígenes consideram como o Dia da Invasão pelo facto de os colonos não terem estabelecido um tratado com os nativos.