A visita de Cavaco Silva à Madeira partiu do convite do presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Albuquerque, no âmbito das comemorações dos 500 anos da fundação da cidade. Uma boa parte do dia de hoje do Chefe de Estado vai ser dedicada à capital madeirense.
De manhã Cavaco participa nas cerimónias oficiais das comemorações do V centenário do Funchal, e depois almoça com Albuquerque. Pelo meio recebe, em audiência, Alberto João Jardim no Palácio de São Lourenço, e termina o dia com um concerto comemorativo dos 500 Anos da Cidade.
Enquanto anfitrião do Presidente da República, o papel de Albuquerque, um dos mais fortes candidatos à sucessão de Jardim, começa e acaba neste mesmo dia. Enquanto isso, nos restantes cinco dias da visita oficial de Cavaco, é João Cunha e Silva, o rival mais directo na corrida à liderança do PSD-Madeira, quem brilha. O que à partida pode parecer um pormenor, ganha contornos importantes já que a rivalidade entre os "delfins" é conhecida, divide o partido em dois grandes grupos de apoiantes e acontece numa altura em que os social-democratas começam a pensar seriamente na sucessão de Jardim.
O vice-presidente do Governo Regional, pai das sociedades de desenvolvimento que beneficiaram a Madeira com fundos extra da União Europeia, foi responsável por muitas das obras que o PR vai visitar nos restantes concelhos da Região. São os casos do Parque Temático da Madeira em Santana onde Cavaco almoça quinta-feira com autarcas.
Nesse mesmo dia, Cavaco Silva visita o Centro de Ciência Viva no Porto Moniz e depois o Centro de Vulcanismo em São Vicente, ambas obras desenvolvidas por Cunha e Silva. O mesmo acontece na sexta-feira, dia dedicado ao Porto Santo, em que o chefe de Estado vai conhecer o campo de golfe local e no sábado onde termina a ronda pelos restantes concelhos madeirenses.
Mais Funchal, no programa oficial de Cavaco, só mesmo para dormir na unidade hoteleira onde está hospedado e para receber os partidos da oposição que solicitaram audiências.