O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, insistiu hoje numa "ruptura" com a "política de direita" do PS e afirmou que os comunistas serão poder "quando o povo português quiser", sem ficar "à espera de lugares oferecidos".
No discurso de encerramento do XVIII Congresso Nacional, no Campo Pequeno, em Lisboa, Jerónimo de Sousa voltou ao tema da convergência de esquerda, em que fecha a porta a entendimentos com o Bloco de Esquerda e o PS, e disse que é com a "luta" dos portugueses que "se dará a ruptura e a mudança", numa "ampla frente social".
Essa "frente", afirmou, deve transformar "a oposição social em oposição política no apoio a uma força portadora de uma política e uma alternativa de esquerda - o PCP."
"A nossa participação no poder será quando o povo português quiser e, quando o for, será sempre com base numa política de verdade", afirmou Jerónimo de Sousa num discurso de meia hora, minutos depois de ser aclamado de pé pelo congresso.
O secretário-geral dos comunistas foi eleito por unanimidade pelo Comité Central.