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Mel Gibson viaja pela civilização Maia

O polémico realizador de “A Paixão de Cristo” traz-nos mais um filme com uma dose generosa de violência, que nos leva até aos últimos tempos da civilização Maia.

Em “Apocalypto”, o filme que estreia esta quinta-feira, Mel Gibson aventura-se num território pouco visitado por Hollywood, o da América pré-colombiana, nos últimos tempos da civilização Maia, antes da chegada dos espanhóis.

Sob a forma de um empolgante filme épico (que conta com a habitual dose brutal de violência a que o realizador nos começa a habituar e onde não poderiam faltar cenas de sacrifícios humanos), Gibson efectua uma ambiciosa reconstituição de cenários e do ambiente da época. Filmado nas florestas de Catemaco e em Veracruz, no México, “Apocalypto” é falado em língua maia, contando com um elenco não profissional constituído por descendentes de índios norte-americanos.

A história é centrada na odisseia de um membro de uma tribo maia, habitante das florestas, que é capturado por guerreiros, vindos da grande cidade de pedra e das pirâmides, que subitamente interrompem a sua idílica existência e o pretendem oferecer como sacrifício aos seus deuses. O homem vai ser levado por um mundo dominado pela violência e medo, lutando para conseguir fugir e regressar a casa, para junto da sua mulher grávida e do seu filho.

Ao longo da película os diferentes bairros da cidade maia são-nos pormenorizadamente apresentados, com as suas zonas de indústria e comércio mais prósperas, passando pelo mercado onde as mulheres eram vendidas como escravas.

O grande mistério da civilização Maia foi o seu colapso repentino. Neste filme Gibson procura dar pistas sobre possíveis causas, desde as fomes, doenças, o desgaste causado por guerras, até à corrupção das classes dirigentes.