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Mayor de Boston quer navios iemenitas ao largo

Os navios oriundos do Iémen carregados com gás natural são uma ameaça para Boston, considera o edil da cidade, mas a empresa que gere o porto refuta o alerta numa altura em que a CIA revela que a Al-Qaeda procura atacar os EUA nos próximos três a quatro meses. 

Ricardo Lourenço, correspondente nos EUA (www.expresso.pt)

Até final do ano, 30 navios carregados com gás natural do Iémen vão chegar a Boston. A empresa que administra o porto da cidade americana garante que não há razão para alarme, mas o presidente da Câmara, Thomas Menino, diz que a decisão põe a cidade em perigo. Tudo por causa do país de origem do carregamento. O Iémen é tido como um albergue de grupos afectos à Al-Qaeda, como prova o ataque frustrado do passado dia de Natal, alegadamente ultimado naquele país da Península Arábica.

"A empresa que gere o porto de Boston está a pôr o lucro à frente da nossa segurança", afirmou Thomas Menino, esta manhã, à saída de um encontro com o governador do Estado de Massachusetts, Deval Patrick. 

Em sua defesa, a companhia portuária garante que "os navios iemenitas são tão seguros quanto outros, oriundos de outros destinos, transportando carga perigosa". O próximo passo do autarca é procurar convencer a Guarda Costeira a proibir a entrada daquelas embarcações.

Pouco depois dos ataques de 11 de Setembro, Thomas Menino começou a defender a construção de uma estrutura offshore, destinada à descarga de gás natural.

Al-Qaeda pode atacar dentro de três a quatro meses

Os receios de um novo atentado terrorista contra os EUA aumentam. Ontem, durante uma reunião da comissão de Defesa do Senado, o director da CIA, Leon Panneta, revelou que Al-Qaeda procura, nesta altura, infiltrar operacionais em território americano.

O objectivo é levar a cabo novo ataque num prazo de três a quatro meses, depois de gorada a tentativa do jovem nigeriano Umar Farouk, no dia de Natal, quando procurou detonar uma bomba a bordo de um avião que fazia a ligação entre Amesterdão e Detroit.

De acordo com o FBI, Umar Farouk tem cooperado nos interrogatórios, tendo já fornecido "informação muito relevante".