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Governo dá 100 milhões de euros para programa de emergência alimentar

O Governo anunciou que a rede de apoio alimentar vai passar de 50 pontos  para mais de 960 em todo o país.

O secretário de Estado da Solidariedade e  Segurança Social, Marco António Costa, disse hoje que o Governo vai injetar,  a partir de abril, 100 milhões de euros no programa de cantinas e emergência  alimentar para pessoas com carência. "Este programa é para garantir que quem necessitar desse apoio tenha  acesso sem necessidade de existência de nenhum tipo de referenciação ou  listagem, pois nós queremos que seja preservada a individualidade, a dignidade  e confidencialidade das pessoas", referiu o governante.  Marco António Costa falava aos jornalistas à margem da inauguração do  lar de idosos Cristo Redentor, no Senhor da Serra, em Miranda do Corvo,  uma unidade com capacidade para 60 pessoas, que funciona desde outubro. O secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social reiterou  que a prioridade do Governo é canalizar todos os meios financeiros de que  disponha para apoiar as pessoas, promovendo ao máximo a sua inclusão social. "É por isso que este ano descongelámos as pensões mínimas a mais de  um milhão de pensionistas, lançámos o Estímulo 2012 de contratação de desempregados,  que tem a aspiração de chegar a mais de 50.000 portugueses, e temos tido  a preocupação de criar planos de apoio na área alimentar aos portugueses  que sintam carências a esses níveis, fazendo-o sem promover uma ideia assistêncialista",  sublinhou. 

960 pontos de apoio

No caso do programa de cantinas e emergência alimentar, Marco António  Costa disse que estão a ser implementados todos os mecanismos para que no  mês de abril o programa arranque no terreno "com toda a força".  Segundo o governante, a rede de apoio alimentar vai passar de 50 pontos  para mais de 960 em todo o país: "(Será) fundamentalmente assente nas estruturas  já existentes no terreno, que estão a funcionar, que têm um conhecimento  muito próximo da realidade social e que, portanto, com facilidade transportam  o programa para o terreno, ajudando as pessoas".  Marco António Costa frisou ainda que o Ministério está a trabalhar na  sustentabilidade do sector social e solidário, nomeadamente na viabilização  das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), misericórdias  e associações mutualistas que estão em dificuldades financeiras. Também em abril, adiantou, o Governo deverá disponibilizar às instituições  uma linha de crédito de 50 milhões de euros. 

Comissão gere candidaturas e verbas

A seleção das candidaturas e a gestão das verbas serão analisadas pela  Segurança Social, em conjunto com uma comissão constituída pelos representantes  da Confederação Nacional de IPSS, da Confederação Nacional das Instituições  de Solidariedade (CNIS), da União das Mutualidades e da União das Misericórdias. Durante o dia de hoje, o secretário de Estado da Solidariedade e Segurança  Social deslocou-se também a Coimbra, onde se reuniu com a Comissão de Proteção  de Jovens em Risco, e visitou a Santa Casa da Misericórdia da Lousã.