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Geórgia pede cessar fogo

"Peço um cessar-fogo imediato", afirmou o Presidente Georgiano, Mikheil Saakashvili.

O Presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili, pediu hoje um cessar fogo imediato para o fim dos confrontos com a Rússia. "Peço um cessar-fogo imediato. A Rússia lançou uma invasão militar em larga escala."

De Moscovo não vêm sinais de paz. O primeiro-ministro, Vladimir Putin, classificou como "legítima" e "necessária" a acção da Rússia na Ossétia do Sul e de "criminosa" a política da Geórgia, em declarações transmitidas pela televisão.

O conflito armado na região separatista fez "dezenas de mortos" e "centenas de feridos", acrescentou Putin, que classificou também como uma "catástrofe humanitária" a situação da população da região separatista pró-russa.

Os balanços até agora divulgados pelas autoridades russas e ossetas dão conta de entre 1.500 e 2.000 mortos.

O chefe do Executivo russo falava em Vladikavkaz, a capital da república russa da Ossétia do Norte, vizinha da região separatista da Ossétia do Sul, onde chegou hoje, procedente de Pequim.

Vladimir Putin declarou ainda que a Geórgia infligiu um "golpe mortal" à sua integridade territorial e "dificilmente" recuperará a sua soberania sobre a Ossétia do Sul depois de ter atacado aquele território.

"Foi infligido um golpe mortal à integridade territorial da Geórgia, (foi provocado) um prejuízo considerável à sua soberania de Estado: é difícil imaginar como será possível depois de tudo o que se passou (...) convencer a Ossétia do Sul a fazer parte do Estado georgiano", observou.

Os motivos do objectivo da Geórgia de tornar-se membro da Aliança Atlântica foram igualmente criticados pelo ex-presidente russo, actualmente chefe do Governo.