Mohammed Morsi, candidato da Irmandade Muçulmana, afirma ter vencido as eleições presidenciais no Egito com 51,8% dos votos. Mas a campanha de Ahmed Shaqif, o outro candidato na corrida, já divulgou um comunicado a desmentir a informação avançada pelos islamitas, diz o jornal inglês "The Guardian".
O porta-voz de Ahmed Shaqif, militar e ex-primeiro-ministro do regime de Hosni Mubarak, acusa a Irmandade Muçulmana de criar factos falsos sobre os resultados eleitorais e provocar os confrontos nas ruas. Ahmad Sarhan defende que o general na reforma segue à frente, mas sublinha que ainda não estão contados todos colégios eleitorais.
"O anúncio dos resultados por parte do outro candidato é algo inacreditável. Trata-se de uma tentativa de ocupar o lugar do Presidente do país sem o anúncio dos resultados oficiais, ou uma estratégia para alegar depois que houve uma fraude", disse Sarhan à agência de notícias EFE.
Ontem, depois do anúncio de vitória por parte da Irmandade Muçulmana levou centenas de apoiantes do partido para as ruas.
A segunda volta das eleições presidenciais decorreu este fim-de-semana sem se terem registado incidentes graves.
No sábado, o Parlamento egípcio, que é dominado pelos partidos islâmicos, foi dissolvido com a aplicação de uma decisão judicial que o declarava ilegal devido a um erro jurídico da lei eleitoral.