Juan Manuel Santos foi nomeado sábado Presidente da Colômbia, numa cerimónia em que propôs à Venezuela um "diálogo direto", o mais rápido possível, "para resolver a crise que levou à rutura das relações diplomáticas entre os dois países".
"Dadas as circunstâncias, sugiro um diálogo franco e direto, o mais rápido possível", disse, depois de agradecer a todos os que sugeriram o seu nome para tentar aproximar os dois países, entre os quais o presidente do Brasil, Lula da Silva.
Caracas rompeu a 22 de julho as relações diplomáticas com o país vizinho, depois da apresentação à Organização dos Estados Americanos de provas que evidenciavam a presença de cerca de 1.500 guerrilheiros das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) na Venezuela.
Intenções "guerreiras"
Hugo Chávez afirmou que as provas eram falsas e considerou que as mesmas eram reveladoras das intenções "guerreiras" do então presidente, Álvaro Uribe, tendo mesmo ordenado a colocação de tropas junto à fronteira.
Na sexta feira, Hugo Chávez anunciou que o ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano, Nicolas Maduro, estaria presente na tomada de posse do seu homólogo colombiano.
À chegada, o ministro disse que levava "uma mensagem de amor e de futuro" ao povo da Colômbia, da parte do chefe de estado venezuelano, Hugo Chávez.
O novo Presidente da Colômbia assegurou que a palavra "guerra" não faz parte do seu "dicionário" e que a Colômbia não tem inimigos no estrangeiro.
Juan Manuel Santos sublinhou a sua vontade de dar à Colômbia um papel de destaque na cena internacional, integrando "instituições multilaterais".
Chávez disponível para reunião
O Presidente venezuelano Hugo Chavez mostrou-se no sábado disponível para uma reunião com Juan Manuel Santos para "virar a página" na crise diplomática que opõe os dois países há duas semanas.
"Estou pronto para virar a página e para olhar para o futuro. Estou pronto, presidente Santos", declarou Hugo Chavez, num discurso emitido pela
televisão.