Os 33 mineiros resgatados em outubro de uma mina no Chile processaram a Associação Chilena de Segurança (AChS) por alegada responsabilidade no acidente que os deixou presos a 700 metros de profundidade durante 70 dias.
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A AChS devia fiscalizar e tomar medidas para preservar a segurança da mina de San José, no deserto de Atacama, explicou hoje, em declarações à Rádio Cooperativa e citado pela agência espanhola Efe, Edgardo Reinoso, advogado de um dos mineiros.
A AChS é uma corporação privada sem fins lucrativos que outorga a cobertura total dos acidentes de trabalho.
Reinoso recordou que, no fim de dezembro, a AChS deu alta a quatro trabalhadores, que perderam as suas licenças médicas e o salário que esta entidade lhes pagava, por terem faltado às sessões de terapia devido às suas viagens ao estrangeiro. Os afetados são Darío Segóvia, Carlos Bugueo, Omar Reygadas e Edison Pea.
Segundo Reinoso, o grupo está zangado com o presidente chileno, Sebastián Piera, porque este se comprometeu a garantir-lhes cuidados médicos durante pelo menos seis meses. "Esta é uma promessa que eles [os mineiros] sentem que não foi cumprida", afirmou o advogado.