Apesar de o Lehman ter sido abandonado à sua sorte, a regra que o mundo financeiro memorizou da crise de 2008 é que haverá sempre resgate “se houver o menor indício de que o problema é sistémico”, diz o académico, coautor de “Desta vez é diferente” (um título irónico), a história mais completa das crises financeiras ao longo de oito séculos, publicada em 2009. Kenneth Rogoff refere que a regra voltou a aplicar-se nos EUA com a crise bancária de março passado, que envolveu cinco bancos, entre eles o Silicon Valley Bank e o First Republic.
O resgate do Bear Stearns, logo em março, foi correto?
Na altura, o Tesouro e a Reserva Federal (Fed) ainda estavam em estado de negação sobre a profundidade do problema em curso. Apesar de terem resgatado só os credores — e não os acionistas, que perderam tudo —, Henry Paulson e Ben Bernanke pensavam que estavam a enviar um sinal aos mercados de que era preciso acabar com a especulação, senão podiam ter a certeza de que no próximo caso deixariam falir o banco.
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