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As novas fronteiras da medicina estão em Cantanhede

O Biocant, em Cantanhede, é um ecossistema de inovação, produção de conhecimento e transferência de tecnologia, que faz a ponte entre a investigação científica nas universidades e politécnicos e produção industrial. Em 60 hectares de parque estão localizadas 40% das empresas nacionais de biotecnologia e que são responsáveis pela produção dos mais inovadores medicamentos e tratamentos

D.R.

Entre os pinhais e o Atlântico, em Cantanhede, o Biocant acolhe a interação da biologia com a informática, tecnologias celulares e moleculares, genomas, engenharia de tecidos e sequenciação de ADN. Prevenir doenças, antes de elas se manifestarem ou investigar tratamentos inovadores são os grandes objetivos do único parque de ciências biomédicas em Portugal.

Os “sistemas biológicos são hoje imprescindíveis ao avanço da medicina e “fundamentais na análise específica da doença”, conta Joana Branco, doutorada em ciências biomédicas e diretora executiva do Biocant.

A investigadora destaca que a biotecnologia é um dos sectores “onde existe maior concorrência”, circunstância que levou o Biocant a especializar-se em áreas “mais promissoras e com menor desenvolvimento”.

No Biocant Park desenvolvem-se “conhecimentos avançados na área das ciências da vida e procura-se alavancar negócios de elevado potencial”, sublinha Joana Branco.

Criado em 2005, tornou-se conhecido com “a pandemia”, explica Joana Branco. As empresas de biotecnologia aqui sediadas criaram soluções inovadoras nas “áreas de diagnóstico, tratamento e prevenção, baseadas na experiência, prática e conhecimento das suas equipas de investigadores”, recorda Joana Branco.