Foi em Bragança que nasceu. Mas na aldeia da avó, em Campo de Víboras, aprendeu a ser bilíngue. Ouvia as palavras em português e a sua tradução em mirandês – ou o contrário disto.
Apesar de Isabel Ventura ter saído de Bragança aos nove anos, com os pais, numa das levas de famílias à procura de vida com mais fôlego numa cidade maior, bastou aquela primeira década de vida para lhe ficarem na memória os sons e seus significados, as expressões do quotidiano que lembrava todos os verões sempre que voltava àquela aldeia de Vimioso para passar as férias na terra da avó.