“Nas ruas de todo o país, os portugueses deram uma lição exemplar de civismo. Não temeram o desafio. E passaram no teste”, lê-se na primeira página do vespertino A Capital, no dia que se seguiu à manifestação espontânea mais organizada que Portugal viveu – o 1º de Maio de 1974, Dia do Trabalhador e, finalmente, feriado nacional.
Na véspera a Junta de Salvação Nacional emitiu um comunicado, em que declarava reconhecer “aos trabalhadores portugueses o dia 1 de Maio, como o da sua festa maior e [como tal] decretou que seja feriado nacional (…) Entende a J.S.N. que a conquista das liberdades fundamentais é obra de cada um e de todos nós”, lê-se o comunicado da J.S.N., publicado com grande destaque na primeira página do Diário de Lisboa de 30 de abril.